· O PIB do 1º trimestre de 2024, divulgado pelo IBGE, foi de R$ 2,713 trilhões, em valores correntes, representando crescimento real de 0,8% em comparação ao 4º trimestre de 2023, em linha com a projeção da GO Associados (0,8%) e superior à expectativa do mercado de 0,7%.
· Em relação ao 1º trimestre de 2023, houve alta de 2,5% e, no acumulado dos quatro trimestres finalizados no primeiro trimestre de 2024, também houve aumento de 2,5%.
· Pela ótica da oferta, os três componentes apresentaram aumento com relação ao 4º trimestre de 2023, destaque para serviços com avanço de 1,4%, agricultura com 11,3% e indústria com 0,1%.
· Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, a agropecuária teve queda de 3,0%, e os resultados positivos vieram de serviços (3,0%) e indústria (2,8%).
· Destaque para o aumento de 5,9% na atividade industrial extrativa, puxada pelo crescimento da extração de petróleo e gás e pela extração de minério de ferro.
· O fraco desempenho do setor agropecuário pode ser explicado pelos efeitos negativos do fenômeno El Niño, pela safra menor colhida no período e pela queda dos preços internacionais das commodities. Os efeitos decorrentes das enchentes do Rio Grande do Sul podem piorar o desempenho do setor nos próximos meses, principalmente sobre as culturas de arroz, carne suína e carne de frango.
· A mediana das expectativas do relatório Focus para 2024 tem sido constantemente revisada para cima e atualmente é esperada uma expansão da economia de 2,05% em 2024. Após o resultado do primeiro trimestre acima da expectativa de mercado, o valor da projeção pode ser elevado nas próximas semanas.
· A queda na taxa de juros, iniciada em agosto de 2023, o aumento no nível de emprego, o pagamento de precatórios extraordinários antecipados para o primeiro trimestre de 2024 e o aumento do salário-mínimo contribuíram para que o consumo das famílias crescesse no período (4,4%, na comparação com o primeiro trimestre de 2023).
· Para o segundo trimestre de 2024, esperamos desaceleração do PIB por conta dos efeitos negativos da tragédia no Rio Grande do Sul e menor incentivo fiscal por parte do governo.
· Nos próximos trimestres, o comportamento do PIB pode ser influenciado por:
o mercado de trabalho aquecido, com baixa taxa de desemprego
o elevado nível de endividamento das famílias, constrangendo o consumo
o situação fiscal do país incerta
o efeitos negativos das enchentes do Rio Grande do Sul
o efeitos negativos do fenômeno La Niña
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