· O IPCA-15 de janeiro foi de 0,55%, coincidente com a projeção da GO Associados (0,55%) e acima do esperado pelo mercado (0,52%). O IPCA-15 acumulou 5,87% em 12 meses, uma ligeira desaceleração na comparação com o resultado de dezembro (5,9%).
· O resultado em linha com o esperado não deve impactar a primeira reunião do Copom de 2023, que ocorre na próxima semana (1/2). A expectativa é de manutenção da taxa básica de juros em 13,75%.
· O grupo saúde e cuidados pessoais foi o que mais subiu (1,1%), com impactos maiores dos itens de higiene pessoal (1,88%) e planos de saúde (1,21%).
· O grupo alimentação e bebidas (0,55%) também contribuiu para o resultado do IPCA-15, porém, em um ritmo menor do que o observado em dezembro (0,69%).
· Os destaques positivos ocorreram no grupo transportes que acelerou 0,17% em janeiro contra 0,85% em dezembro. Combustíveis (-0,85%) e energia elétrica residencial (-0,16%) seguem em queda.
· Entretanto, isto deve mudar para o resultado do mês; hoje a Petrobrás anunciou reajuste de 7,5% (R$ 0,23) para as distribuidoras.
· O IPCA 15 possui os mesmos itens que o IPCA com uma diferença de período de apuração dos preços apenas. Enquanto o IPCA indica a inflação do mês fechado, o IPCA 15 apura a inflação dos 15 dias do mês anterior e do mês atual.
· A projeção do IPCA para 2023 está em 5,48% no Relatório Focus desta semana. A mediana das expectativas do mercado indica uma inflação acima do teto da meta para 2023, o que configuraria o descumprimento da meta inflacionária pelo 3º ano consecutivo. Em 2021 o IPCA passou dos dois dígitos (10,54% contra 3,75% da meta) em 2022 a meta era de 3,50% e o IPCA fechou o ano em 5,79%.
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