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Leite e combustíveis derrubam novamente o IGP-M



LEIA EM SEGUNDOS OS MINUTOS DA SEMANA QUE PASSOU...


· O IPCA-15 de outubro registrou a volta da inflação, com uma alta de 0,16%, interrompendo a sequência de deflações registradas em agosto (-0,73%) e setembro (-0,37%). No ano, o IPCA-15 acumula 4,8% e, nos últimos 12 meses, 6,85%

· O Caged de setembro registrou a criação de 278.085 vagas líquidas de emprego formal

· O Copom manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano

A taxa de desemprego caiu de 8,9% para 8,7% no 3º trimestre


Seminário internacional do IBRAC abordou os temas mais relevantes da área de defesa da concorrência


· A GO Associados participou do 28º Seminário Internacional de Defesa da Concorrência organizado pelo Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (IBRAC), nos dias 26 a 28/10, em Águas de São Pedro (SP).

· O cardápio de temas do seminário foi abrangente: regulação concorrencial de plataformas digitais, a relação entre a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), procedimentos arbitrais para reparação de danos concorrenciais e fusões verticais.

· Merece particular destaque a relação entre meio ambiente e defesa da concorrência, mais especificamente, se acordos com objetivos sustentáveis entre empresas seria um arranjo ilegal ou pró-competitivo. Trata-se de tema essencial na agenda do antitruste atual em um momento que é preciso enorme esforço de cooperação para inovar em prol da descarbonização da economia.

· Alexandre Barreto, Superintendente Geral do Cade, apresentou números positivos de produtividade. Conforme mostra o quadro, o tempo médio de análise de atos de concentração no rito Sumário, é de apenas 22 dias. Merece atenção igualmente a perspectiva de utilizar inteligência artificial para analisar fusões de empresas, abrindo a possibilidade de novo salto de eficiência da autarquia.

Tempo médio de análise de ACs no Cade (em dias – considerando tempo na SG e no Tribunal)


Leite e combustíveis derrubam novamente o IGP-M em outubro...


· O IGP-M de outubro caiu 0,97%, superando o declínio esperado pelo mercado (-0,80%).

· O IGP-M sofre uma influência direta do câmbio. Em 2021, a forte desvalorização cambial somada à alta de commodities como o minério de ferro fizeram este indicador disparar. O IGP-M e o IPCA descolaram em 2020, mas agora voltaram a convergir ainda no primeiro semestre de 2022.


IPCA e IGP-M acumulado em 12 meses (%)



· No acumulado de 12 meses, o IGP-M segue abaixo de dois dígitos, em 6,52%. Em outubro de 2021 o indicador estava em 21,73%.

· Assim como no resultado do IPCA dos últimos meses, a queda no preço dos combustíveis contribuiu para a queda do índice. No caso do IGP-M, a queda do preço das commodities também contribuiu para o que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caísse 1,44%. O IPA representa 60% do IGP-M.

· As maiores contribuições foram do diesel (-5,67%). Outro item que contribuiu para o resultado negativo foi o preço do leite in natura que caiu 7,56%.

· O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,50%, invertendo a tendência de queda dos últimos três meses.

· O Índice Nacional de Construção (INCC) cresceu 0,04% outubro.


O que deve mexer com as expectativas econômicas na próxima semana...


No cenário doméstico:   


i. As eleições deste domingo constituem o principal ponto de atenção. Hoje ocorre o debate entre os dois candidatos na TV Globo.

ii. Será importante para a economia que passadas as eleições, haja um clima menos acirrado para permitir formular soluções para os principais problemas do país.

iii. A “Carta para o Brasil do Amanhã”, divulgada pela campanha de Lula, teve um impacto inicial positivo, mas ainda é considerada genérica pelo mercado.

iv. A produção industrial de setembro será o principal indicador da semana a ser divulgado na terça (01/11). A expectativa da GO Associados é de alta de 0,1%.

v. A ata do Copom também deve ser publicada na terça. Na última quarta o Comitê de Política Monetária decidiu pela manutenção da taxa em 13,75% ao ano. O mercado espera que a taxa básica de juros só comece a cair em meados de 2023.

vi. A temporada de divulgação de balanços continuará na próxima semana. Os destaques serão Petrobrás, Sanepar, Copasa e CSN.

No cenário internacional: 


vii. O principal ponto de atenção será a reunião do FOMC na quarta. O consenso de mercado é um aumento de 0,75 p.p., o que levaria a taxa entre 3,75% e 4%. Entretanto, há forte possibilidade de uma diminuição no ritmo do aperto monetário nas duas próximas reuniões.

viii. Na quinta o Bank of England também deve aumentar a taxa em 0,75 p.p., o que deve levar a taxa para 3%.

ix. O Índice de Compras dos Gerentes (PMIs) de outubro será divulgado para China, EUA e União Europeia ao longo da próxima semana. Após a divulgação de PIB acima do esperado para China e EUA, os resultados de outubro serão importantes para a continuidade da melhora das expectativas sobre a economia mundial.

x. Na sexta serão divulgados os dados de mercado de trabalho dos EUA. A taxa de desemprego daquele país está em 3,5%.



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