O Comitê de Política Monetária dos EUA (Fomc, sigla em inglês), decidiu reajustar a taxa primária de juros em 0,75 p.p., colocando-a no intervalo entre 3,75% e 4% a.a.. O ponto de atenção é a possibilidade de desaceleração do ajuste na próxima reunião do FOMC em dezembro.
A perspectiva de efeitos defasados da taxa de juros podem fazer com que o próximo ajuste seja menor, de 0,5 p.p., o que faria a taxa de juros encerrar o ano na faixa 4,25% e 4,5%. As próximas divulgações de inflação e atividade serão importantes para a decisão do FOMC.
O aumento dos juros para tentar conter a inflação é um movimento mundial, reduzindo o crescimento da economia.
Apesar desta perspectiva, alguns dados dos EUA inspiram otimismo, como é o caso da recuperação do mercado de trabalho, com uma taxa de desemprego de 3,5% e a criação de 263 mil vagas de emprego fora do setor agrícola em setembro.
A economia aquecida torna mais difícil o combate à inflação. O aumento nos juros tenta contrabalancear e ajustar o ritmo de aquecimento da economia, medido pelo hiato do produto, trazendo a inflação para um patamar menor.
No comunicado o FOMC justificou o quarto reajuste seguido nos juros destacando três pontos:
Os desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia;
Os preços mais altos de alimentos e energia; e
A pressão adicional aos preços causada pela guerra na Ucrânia.
Ressalte-se que na reunião de setembro o Fomc divulgou algumas alterações nas expectativas dos diretores da instituição, como a mediana da projeção para o PIB de 2022, que caiu de 1,7% para 0,2%.
O desafio do Banco Central dos EUA (FED) e dos membros do Fomc é trazer a inflação dos atuais 8,2% para 2%em 2024. A expetativa é que em 2022, a inflação nos EUA feche em 5,4%, mais que o dobro da meta.
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